Bahia só vacinou 55% do público-alvo contra sarampo neste ano

A pandemia agravou um problema que já vinha sendo enfrentado pelo Brasil e pela Bahia nos últimos anos: a baixa adesão à vacinação. Dados parciais da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) mostram que aqui, há um mês do fim do ano, apenas 55% da população que deveria ser vacinada contra o sarampo compareceu aos postos e recebeu o imunizante. Como consequência desse comportamento de não vacinados está o aumento dos chamados “bolsões suscetíveis”.

O termo técnico diz respeito ao acúmulo de pessoas sem a devida proteção. “Se o vírus é introduzido aqui, rapidamente eclode um surto ou epidemia”, adverte o coordenador de Imunização da Sesab, Ramon Saavedra. A vacina contra o sarampo protege também da rubéola e caxumba e, por isso, é chamada de “tríplice viral”. O vírus do sarampo segue se espalhando no Brasil neste ano, enquanto as atenções da população estão voltadas para o coronavírus. Até o mês de outubro o país somou 16.290 casos e sete mortes por sarampo. O dado consta em boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Na Saúde baiana a Diretoria de Vigilância Epidemiológica atua em duas frentes no combate ao sarampo. A primeira é a da imunização, que tem como objetivo prevenir. E há ainda a vigilância de casos suspeitos da doença, que sensibiliza toda a rede de assistência para suspeitar de possíveis casos. A vacina contra o sarampo é segura, e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

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