O dólar iniciou as negociações desta quarta-feira, 28, em forte alta, e, em pouco tempo atingiu valorização de 1,9%, sendo cotado a R$ 5,79. O dia é marcado pela instabilidade nos mercados internacionais, que acompanham a disseminação do novo coronavírus principalmente nos Estados Unidos e na Europa e a eleição americana, no próximo dia 3.
Essa é a primeira vez em cinco meses que o dólar ultrapassa R$ 5,75, a última sessão em que a cotação havia atingido R$ 5,79 foi no dia 18 de maio.
Logo depois das 10h, o Banco Central fez um leilão de moeda americana sem mencionar o valor da oferta e a cotação desacelerou para o patamar de R$ 5,73. Às 10h14, o dólar à vista subia 0,81%, a R$ 5,7290.
Nesta quarta-feira, depois das 18h, o Copom anuncia sua decisãosobre a taxa básica de juros, a Selic, que está em seu nível mais baixo, em 2% ao ano. Na terça-feira, 27, o dólar já havia registrado uma disparada, fechando o dia cotado R$ 5,68, após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticar a obstrução de projetos de interesse econômico pela própria base aliada do governo. Esse episódio também causou queda no Ibovespa, que caiu abaixo dos 100 mil pontos.
A moeda americana acumula valorização de 43% neste ano. No início de janeiro, a cotação girava em torno de R$ 4. O patamar atual, porém, não é o mais alto em termos nominais, quando não se desconta a inflação. Em 14 de maio, o recorde foi atingido: R$ 5,9718. Depois disso, a divisa estrangeira chegou a custar abaixo de R$ 4,90, mas, nas últimas semanas, vem oscilando entre R$ 5,50 e R$ 5,70.
Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo já é negociado perto de R$ 6.