Após o adiamento do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), já começaram os debates no país sobre o que acontecerá com o calendário letivo. Corte de 25% da carga horária de 2020, reinício em agosto e aproveitamento de horas não presenciais são algumas das opções colocadas na mesa. O dilema entre especialistas é conseguir reduzir ao máximo as desigualdades potencializadas pelo ensino remoto emergencial, que não abrange todos os estudantes brasileiros.— O alcance do ensino remoto é limitado e a efetividade é ainda mais restrita. É impossível, por exemplo, alfabetizar — afirma João Marcelo Borges, diretor de Estratégia Política do Todos Pela Educação. — Ele foi elaborado às pressas em uma situação de enorme estresse mental, sanitário, social e econômico. Se o Brasil passasse dois anos se preparando para iniciar aulas remotas em 2023, haveria soluções testadas, professores capacitados e materiais produzidos, condições que não existem atualmente.
Volta às aulas em debate:Propostas vão de ‘apagar’ primeiro semestre a corte de carga horária
Advertisement