O Movimento dos Candidatos do Concurso Público da Polícia Militar da Bahia e do Corpo de Bombeiros Militar vem realizando manifestações nas redes sociais em busca de uma solução pacífica para a divulgação do resultado do certame, suspenso desde janeiro, após ação judicial impetrada pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE).
Para o candidato Hélio Silva, a sensação que estão passando é de angústia, incapacidade e desespero. “os candidatos fizeram o possível para obterem um bom resultado e saber o verdadeiro desempenho é um direito nosso”.
O movimento afirma que “jamais questionou o ingresso da ação judicial, pois todos os pontos levantados no Mandado de Segurança são válidos, como a direito à remarcação de TAF por candidatas gestantes e o momento da comprovação da idade máxima. Entretanto, a falta de divulgação do resultado está afetando mais de 110 mil candidatos”.
“Iniciamos as mobilizações com avanços positivos. Nos reunimos com a DPE no dia 13/03/2020 e fomos informados que existe um acordo em andamento, com real possibilidade de resolução consensual, mas passamos muito tempo sem obter respostas e principalmente de conhecermos o teor do acordo e data para a divulgação do resultado.”
O candidato Nathan Santos diz carregar uma “sensação de estar sendo “assaltado” com a caneta dos poderosos, sensação de angústia e desespero ao saber que seu sonho está sendo objeto de disputa entre dois poderes, sensação de impotência ao saber que não temos voz para exigir o resultado”.
Para ele, a solução seria as partes chegarem a um acordo que abrangesse a maioria dos candidatos que desejam o prosseguimento do certame.
Os candidatos afirmam que a questão do concurso público da PM vem se arrastando com descaso e desrespeito há mais de dois meses e agora se agravou por causa do isolamento social, mas que não afeta em nada o combate ao coronavírus, pois todos os atos podem ocorrer de forma virtual.
Para o advogado Dr. Balbino Prazeres, “apesar de estarmos atravessando uma fase difícil, é dever do estado administrar todos os problemas que surgem”.
Segundo ele, os candidatos estão necessitados de justiça, de atenção social, de respeito e acima de tudo de fazer valer um direito humano. “eles precisam, neste momento, tão somente saberem qual o teor do acordo e qual a data para divulgação do resultado”.
“Tenho recebido relatos de pais e mães de família desempregados (as), dependendo de uma resposta do resultado deste concurso. É um direito constitucional do candidato. Consubstancia um verdadeiro direito a um procedimento justo de recrutamento, o que não estamos vendo.”
Segundo representantes do movimento, as mobilizações virtuais e quando possíveis, presenciais, continuarão como sempre, com respeito e cautela a todos os órgãos e instituições, mas que não desistirão dos seus direitos! Finalizam: força e honra já fazem parte das suas histórias!