Trio elétrico completa 70 anos de desfile no carnaval da Bahia

O trio elétrico talvez seja o maior símbolo do carnaval da Bahia. Este ano, a grande estrela da folia baiana completa 70 anos de desfile. Hoje, a maioria dos equipamentos tem cerca de cinco metros de altura, pesa 80 toneladas e possui capacidade para iluminar uma cidade de 50 mil habitantes. Na década de 1950, no entanto, ele não tinha toda essa potência. Que o trio elétrico é criação dos músicos Dodô e Osmar todo mundo sabe – ou deveria saber. O nome “trio” foi associado ao fato de que três pessoas faziam o som: a própria dupla criadora e o músico Temístocles Aragão. Já o “elétrico” surgiu da busca de querer amplificar o som dos instrumentos. O primeiro desfile foi na fobica, um carro aberto com um potente equipamento de som e um tipo de palco montado em um plano superior. No segundo ano, Dodô e Osmar levaram seus equipamentos para uma caminhonete, e quando a mudança foi feita, somente Dodô e Osmar passaram a tocar, por causa de problemas na amplificação de som. Depois da caminhonete, o trio elétrico evoluiu para o caminhão, já em meados da década de 1970. Com o crescimento, já não havia mais problemas entre músicos e cantores: o equipamento tinha capacidade para todo mundo. A passagem de caminhão para carreta foi entre o final dos anos 1980 e o início dos anos 1990. Na época, já tinha blocos de carnaval consagrados, como o Eva, Papa Léguas (atual Papa), Cheiro de Amor (atual Cheiro) e Crocodilo. A contribuição cultural dos trios elétricos para o carnaval é imensurável.

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