O Centro de Referência Albertina Vasconcelos (Crav) tem como objetivo oferecer atendimento e acompanhamento psicossocial, bem como assistência e suporte jurídico, além de informar e orientar mulheres em situação de violência. Nos últimos três anos, o serviço realizou mais de seis mil atendimentos a mulheres em situação de violência doméstica.
No Crav, as mulheres da zona urbana e rural do município recebem atendimento de uma equipe multiprofissional (psicólogos, advogados, assistentes sociais, etc). Segundo relatório de atendimento do serviço, em 2017 foram realizados 1.825 atendimentos, sendo 184 novos acolhimentos. Esse número subiu em 2018 para 1.872 atendimentos, sendo 234 novos acolhimentos. Já em 2019, os números continuaram aumentando, chegando a 2.514 atendimentos e 295 novos acolhimentos.
Segundo a coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Dayana Evelinne Andrade, esses números são reflexos de dois fatores principais: o número de mulheres em situação de violência no município tem aumentado e o aumento das ações de promoção e divulgação do serviço, que tem contribuído para que as mulheres busquem por mais ajuda e atendimento. “Nos últimos três anos, o governo municipal vem ampliando ações de enfrentamento à violência contra mulher, como as campanhas de sensibilização da população” declarou Dayana.
A maioria das mulheres em situação de violência no município tem idade entre 25 e 44 anos. Grande parte dos novos acolhimentos foram por demanda espontânea, ou seja, por mulheres que tomaram a iniciativa em buscar o serviço. “Os dados demonstram que as mulheres, cada vez mais, têm buscado nosso serviço por demanda livre, o que garante a elas o acesso não só ao nosso serviço mas também à toda rede de proteção. Estamos, cada vez mais, sendo a porta de entrada para a proteção dessas mulheres, fortalecendo o enfrentamento ao feminicídio” pontuou a gerente do Crav Monique Cajaiba.
Atualmente, o Crav atende a 217 mulheres em situação de violência. Além do atendimento, o serviço exerce o papel de articulador da Rede de Proteção e Atenção à Mulher Vítima de Violência, com a finalidade de responder às demandas pela proteção da mulher em vulnerabilidade pessoal e social, oferecendo atendimento de forma integral e articulada, construindo coletiva e cotidianamente a Rede no âmbito municipal.
Mais proteção para as mulheres: “Para a prefeitura, a pauta relacionada à proteção social de mulheres é estratégica. Tendo em vista o compromisso com a política de Direitos Humanos, neste último mês de janeiro, foi assinada a ordem de serviço para construção da Casa Rosa que abrigará mulheres vítimas de violência. Um investimento de mais seiscentos mil reais (R$ 600.000,00)”, destacou o secretário interino de Desenvolvimento Social, Michael Farias.