Força-tarefa da Prefeitura trabalha para amenizar danos nas comunidades afetadas pela chuva.

A Prefeitura de Vitória da Conquista está com uma força-tarefa em ação para auxiliar as comunidades que tiveram prejuízo por conta da chuva. Na manhã desta segunda-feira (6), uma nova reunião foi realizada no Gabinete Civil com os setores envolvidos, para traçar novas estratégias de assistência e recuperação de danos.

Equipes de diferentes secretarias montaram uma força-tarefa e se reuniram para planejar as ações após fortes chuvas

A prática foi imediata. Logo após a reunião, equipes das secretarias de Agricultura, Desenvolvimento Social, Infraestrutura Urbana e Serviços Públicos, além da Defesa Civil, se dirigiram ao povoado de Cabeceira, onde se encontram duas das famílias que ficaram desabrigadas depois do temporal – a terceira foi abrigada por familiares na sede da cidade.

Enquanto os prejuízos estão sendo remediados, a família de Ana Maria e Janelson Santos está abrigada na Escola Municipal Francisco Antônio Vasconcelos desde sexta-feira (3). A escola foi abastecida com colchões, cobertores e alimentação; servindo de abrigo para qualquer família que se sentisse ameaçada por conta da chuva que vem caindo na cidade desde o dia 2.


Dona Ana Maria está abrigada na Escola Municipal Francisco Antônio Vasconcelos com sua família

Para Ana Maria, o abrigo da escola foi a melhor opção para a sua família, que teve a casa praticamente destruída. “Foi bem triste, bem ruim e desagradável, principalmente pelo susto. Não só pela perda das coisas materiais, mas pelo susto. Mas, graças a Deus, estamos superando”, conta a dona de casa, enquanto ensina a tarefa escolar à pequena Raquel, de 7 anos. Além dela, o casal também tem Natália, de 11 anos; e Oséias, de 15 anos.

Em sua casa, onde a tempestade levou o telhado, alguns cômodos estão condenados pela Defesa Civil. O lavrador Janelson fala também sobre os prejuízos na plantação – o feijão e o milho já estavam perdidos pela falta da chuva, que chegou atrasada trazendo muito mais danos. “Muito difícil, a gente luta na roça, no dia a dia, enfrenta várias dificuldades pra sobreviver, planta um pouco de cada coisa, na expectativa de colher pra ajudar na nossa sobrevivência, aí vem e acontece isso tudo”, desabafa.

Além de encontrarem apoio do abrigo da escola, e no acompanhamento das políticas de assistência social, a família de Janelson também está recebendo visitas frequentes de técnicos e engenheiros da Prefeitura, que estão avaliando a situação da casa e buscando soluções imediatas para a segurança e minimização de danos.

Defesa Civil e Secretaria de Infraestrutura estão acompanhando a situação dos desabrigados na região de Cabeceiras

“É mais que importante a visita de vocês aqui, porque me assegura muito. Eu tenho meus filhos pequenos, e isso me ajuda muito, me dá uma confiança bem maior do que eu esperava”, diz o lavrador. “O pessoal não negou nenhum tipo de ajuda. Sempre estiveram aqui com a gente, sempre oferecendo, no tempo certo, vir nos ajudar”, completa.

Engenheiro da Defesa Civil, João Gabriel Queiroz explica: “Desde que nós recebemos o primeiro chamado, nós nos deslocamos para cá, para atender à comunidade. Atendemos a 19 registros. Tivemos em torno de 16 casas que foram afetadas, algumas com maiores danos, como a de dona Ana Maria.”

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