Infecção por bactéria que atinge mulheres pode gerar problemas irreversíveis se não tratada.

Uma infecção causada por bactéria atinge grande parte das mulheres podendo levar até a morte se não for tratada. A principal delas é a cistite aguda, que é uma infecção da bexiga. Em segundo lugar vem a pielonefrite, uma infecção nos rins. Na infância, a infecção está relacionada ao hábito de reter a urina e em alguns casos às alterações no desenvolvimento dos órgãos do sistema urinário.

Essa incidência não é alta, mas deve-se sempre estar atento, pois podem gerar problemas irreversíveis se não tratados.

Na juventude e na vida adulta é onde ocorre a maior incidência de infecção urinária e está relacionada principalmente com a atividade sexual e em menor frequência a hábitos de vida e alterações de hábito intestinal. No período de gestação também temos uma maior incidência de infecções urinárias.

Já no período pós-menopausa a causa principal são as alterações hormonais, que modificam toda a anatomia e morfologia da região genital feminina, algumas vezes aumentando a predisposição para a infecção urinária.

Sintomas

De acordo com o urologista da Santa Casa Marcos Kaddoum, os principais sintomas da cistite aguda são: Ardência ou dor ao urinar; maior frequência para ir ao banheiro e diminuição da quantidade de urina; sensação de esvaziamento incompleto da bexiga ao urinar; dor no “pé da barriga”; e em alguns casos, presença de sangue na urina.

Além disso, alguns pacientes podem apresentar também dor intensa na lombar, febre e calafrios. “As bactérias são os agentes responsáveis pela infecção urinária, dessa forma, o tratamento imediato dessa doença é o uso de antibióticos específicos, prescritos por um médico”.

Ao contrário do que alguns pensam, a infecção pode progredir de forma desfavorável em todos os casos, principalmente naqueles sem tratamento ou com tratamento inadequado. Dessa forma, uma cistite aguda pode se tornar uma pielonefrite, e a pielonefrite pode se tornar uma septicemia, que é a infecção generalizada, e, portanto, causar a morte.

Grupos de risco

Os casos de maior risco são em pessoas com diabetes, obesos mórbidos, idosos, pessoas com doenças ou em uso de medicações imunossupressoras, e pessoas que demoram a procurar tratamento médico.

Ainda segundo Marcos Kaddoum, a infecção urinária é uma doença que pode ser prevenida. “De um modo geral, todos devem seguir algumas recomendações, como: manter-se sempre hidratado, de forma que a urina esteja sempre na coloração amarelo claro. Se a urina está muito amarela ou com odor muito forte, hidrate-se e veja se melhora”, sugeriu.

O médico também alerta para nunca prender a urina: procure urinar antes que a bexiga esteja completamente cheia; trate doenças pré-existentes! Pedra nos rins, diabetes descompensada, obesidade são problemas que quando tratados, diminuem a chance de uma infecção urinária; não se automedique!

A automedicação é uma das principais causas do desenvolvimento de infecção por bactérias resistentes. Infecção por esse tipo de bactérias costuma ser mais difíceis de tratar e mais perigosas. O médico conclui afirmando que procurar um especialista assim que sentir qualquer sintoma é fundamental para ter um diagnóstico correto e começar o tratamento. “O seu médico é a pessoa mais indicada para identificar a provável causa da infecção, e orientar o melhor tratamento”, comentou Marcos.

No ano passado, a Santa Casa de Misericórdia em Cachoeiro de Itapemirim realizou quase 120 atendimentos de urgência em mulheres com doenças urológicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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