Se um dia completar o ensino superior foi garantia de sucesso profissional, há tempos essa realidade mudou. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontam que 11% dos trabalhadores formais e informais que cursaram faculdades ganhavam até um salário mínimo, atualmente em R$ 998, no segundo trimestre deste ano. Esse é o maior patamar que a pesquisa alcançou desde sua primeira edição em 2012.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, entre abril e junho deste ano, eram 2,77 milhões de brasileiros nessa situação. Ou seja, mais gente do que toda a população de Salvador. A reportagem chama atenção para o fato de que esse número representa também 1,07 milhão a mais de pessoas do que há cinco anos, quando o Brasil ainda não tinha entrado em recessão.
De lá para cá, com o acirramento da crise, o mercado fechando vagas, a consequente redução no rendimento das famílias e o aumento da informalidade, o número de graduados com ensino superior completo trabalhando por até um salário cresceu.