O estado da Bahia ficou de fora do projeto de implantação de escolas militares do governo de Jair Bolsonaro (PSL) que teve adesão de quinze estados e do Distrito Federal. No nordeste apenas o Ceará declarou interesse.
Segundo a Secretaria da Educação da Bahia não houve adesão das escolas estaduais e estão buscando maiores informações sobre os aspectos pedagógicos e financeiros. Atualmente, a rede estadual de ensino da Bahia conta com 1.163 escolas e 711 anexos, sendo 14 delas geridas pela Polícia Militar da Bahia (PM), o que representa 1,2% das unidades escolares da rede.
O plano escolas cívico-militares pelo MEC (Ministério da Educação) é um modelo que prevê a atuação de equipe de militares da reserva (seja policias, bombeiros ou membros das Forças Armadas) na administração da escola.
Diferentemente das escolas militares, que são totalmente geridas pelo Exército, as secretarias de educação é que determinam o currículo escolar. Mas estudantes precisam usar fardas e seguir as regras definidas por militares.
Ainda não há definição das escolas que farão parte do modelo porque este é o momento de adesão dos governos. O MEC vai abrir o prazo, de 4 a 11 de outubro, para que as redes municipais possam declarar interesse.
As redes de ensino tiveram entre os dias 6 a 27 de setembro para fazer a adesão. A ideia é que cada estado receba duas escolas para receber o projeto, mas de acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, esse número pode subir de acordo com o panorama de adesão
Oficialmente, o programa prevê a adesão voluntária das escolas, com aprovação de professores e famílias. Mas o presidente Jair Bolsonaro já falou que o modelo tem de ser imposto mesmo que haja oposição.