Profissionais do CAPS II e HGVC se reúnem para dialogar sobre o cuidado psicossocial em casos de tentativa de suicídio.

Profissionais do CAPS II e do Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) se reuniram, para tratar do cuidado no acolhimento de pacientes com tentativa de suicídio que são admitidos na rotina de atendimento do hospital.

A ação faz parte da programação do Setembro Amarelo, campanha que alerta para a prevenção ao suicídio. O objetivo foi capacitar os profissionais para lidar da melhor forma possível com esses pacientes e estabelecer o fluxo de atendimento para o seguimento do cuidado psicossocial entre os serviços.

De acordo com Klécia Mendes, gerente do CAPS II, quando o assunto é o atendimento de suicídio no serviço de urgência e emergência, é preciso “construir um fluxo de atendimento, porque muitos desses pacientes, que tiveram uma tentativa de suicídio, vão precisar ter o segmento do cuidado em um dos CAPS do município. Então, essa parceria é muito importante”, explica.

O momento serviu para discutir os caminhos, reflexões e pensamentos sobre um tema que tem gerado muitas demandas no hospital, como afirma a psicóloga Érica Medeiros, coordenadora do serviço de psicologia do HGVC. “Essas demandas são encaminhadas para o serviço de psicologia do hospital por orientação da UTI ou clínica médica do hospital. A partir disso, o profissional vai até o paciente ou familiar e faz esse atendimento. Após o período de internação do paciente, o profissional também encaminha para que ele seja assistido na rede de apoio do município”.

Ainda segundo a psicóloga, a ação buscou discutir formas de dar o suporte não só ao paciente, mas também aos familiares e amigos próximos, também se sentem mobilizados e fragilizados com a situação. “Além da importância da notificação, de acionar esses serviços de saúde mental para dar um suporte a esse paciente, porque muitas vezes, a própria família ou paciente não se declara a situação como uma tentativa de suicídio”, complementa.

“O nosso olhar tem que ser diferenciado para essas pessoas, porque sabemos que esse paciente quer acabar com o sofrimento que é psíquico e não físico. É preciso entender que a pessoa que tenta o suicídio está sofrendo só que não é perceptível aos nossos olhos. Então, sensibilizar toda a equipe em favor disso nos torna mais assertivos e com o olhar mais atento para esse tipo de situação que está surgindo cada vez mais na nossa rotina”, destacou Gabriela Amaral, enfermeira do HGVC.

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