A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quarta-feira, 31, Dario Messer, conhecido como o “doleiro dos doleiros”. A prisão ocorreu por volta das 16h40, no bairro dos Jardins, em São Paulo. Dario Messer estava foragido desde maio de 2018, quando foi decretada sua prisão.
Nos últimos dias, a inteligência da PF passou a rastrear um endereço em São Paulo que poderia ser utilizado como bunker do esquema do doleiro, como informa a coluna Radar. Com o monitoramento concluído, o juiz federal Marcelo Bretas expediu mandados de busca e apreensão para o local.
A família de Messer fechou acordo de delação premiada. Os procuradores do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro afirmam, inclusive, que a multa de 270 milhões de reais aplicada a Dan Wolf Messer, filho do “doleiro dos doleiros”, é a maior da Operação Lava Jato a pessoas físicas. A soma das multas chega a aproximadamente 370 milhões de reais. O Radar revelou que, antes de os familiares de Messer negociarem a delação, ele ameaçava usar seus segredos para “colocar a boca no trombone” e detonar os políticos que fizeram dele um “boi de piranha”.
Nesta quarta-feira, o procurador regional da República José Augusto Vagos afirmou que operações passadas não conseguiram capturar Messer “diante do seu poder econômico e sua influência no submundo do crime”. Ele ressaltou a prisão do “mais importante doleiro do Brasil” que, a partir de agora, “terá que prestar contas à Justiça brasileira”.
No último dia 9, a força-tarefa da Operação Lava Jato prendeu o operador Mário Libman, ligado a Messer, em um desdobramento da Operação “câmbio, desligo”. Os investigadores suspeitam que o operador e seu filho, Rafael Libman, lavaram dinheiro em benefício de Messer. Somente Rafael tem 18 apartamentos de luxo, segundo o Ministério Público Federal (MPF).