Único brasileiro a disputar uma final nesta terça-feira, 23, no Mundial de Esportes Aquáticos, Guilherme Guido piorou o seu tempo em comparação à disputas eliminatórias e foi apenas o sétimo e penúltimo colocado na prova dos 100 metros costas, em Gwangju, na Coreia do Sul. Nos 50m peito, João Gomes Junior e Felipe Lima avançaram à final com bons tempos.
Na final dos 100m costas, Guido chegou a virar em segundo lugar, mas caiu de rendimento nos 50 metros finais e terminou somente na sétima colocação, com 53s26. Na semifinal, ele anotara 53s23. As duas marcas foram piores do que a registrada nas eliminatórias, quando o brasileiro bateu o recorde sul-americano, com 52s95.
Ao fim da prova, Guido exaltou seu desempenho ao longo da prova na Coreia do Sul. “Foi uma das minhas melhores marcas aqui. É bom acreditar que podemos nadar para 52s. Estou muito contente com este tempo. Demos um passo importante agora. E ainda falta esse passo da medalha, mas podemos ver que não está muito distante”, comentou o nadador, em entrevista ao Sportv.
Na sua avaliação, o nível da prova nesta edição do Mundial foi mais elevado. “Neste ano, o nível é mais forte teoricamente, por ser ano pré-olímpico. Os oito daqui serão os oito das finais em Tóquio. Tenho um ano de trabalho pela frente. Quero estar nesta final na Olimpíada, brigando por medalha.”
A medalha de ouro na prova foi para o chinês Jiayu Xu, com 52s43. O russo Evgeny Rylov bateu em segundo, com 52s67, e o australiano Mitchell Larkin foi o terceiro colocado, com 52s77. Com o resultado, Xu se sagrou bicampeão mundial da prova. O nadador de 23 anos foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.
Se nos 100m costas não houve pódio, as chances de medalha cresceram para a disputa dos 50 metros peito. João Gomes Junior e Felipe Lima se destacaram nas semifinais e avançaram para brigar pelo pódio, na quarta-feira pela manhã (horário de Brasília).
Lima só não foi mais rápido que o grande favorito ao ouro, o britânico Adam Peaty, que já bateu o recorde mundial dos 100m peito nesta competição. O brasileiro anotou 26s62, contra 26s11 do rival, que anotou a melhor marca do ano. Lima melhorou seu tempo em comparação à eliminatória. João Gomes, por sua vez, foi o quinto mais veloz das semifinais, com 26s84, piorando em comparação à eliminatória (26s73).
“Estamos na final, que é o mais importante. Vamos buscar esta medalha. Em 2017, também me classifiquei em 5º. Quem sabe não vamos ganhar de novo, né? Ainda tem muita margem para melhora”, disse Gomes, lembrando do Mundial de Budapeste, quando faturou a prata.
Ele comentou que perdeu concentração em razão da demora na largada. “O público está meio eufórico aqui. O árbitro segura um pouco na largada. Tem que ter o máximo de atenção para não ficar de fora. Mais isso não é desculpa.”
Felipe Lima também mostrou confiança. “Acho que é passo a passo. Subimos um degrau agora e vamos pensar na final. Sei que posso brigar por medalhas. Vou para cima do Adam Peaty. Ninguém é imbatível. Recordes existem para serem quebrados. Tanto eu como o João não estamos muito distantes dele. Mas temos que trabalhar mais nos metros finais”, projetou.
Os outros dois brasileiros a cair na piscina nesta manhã foram Leonardo de Deus e Luiz Altamir Melo, nas semifinais dos 200 metros borboleta. Mas somente o primeiro avançou à final. Leonardo foi o quarto mais veloz, com 1min55s71, quase três segundos abaixo do melhor das semifinais, o húngaro Kristof Milak, que registrou 1min52s96.
O brasileiro, contudo, deixou para trás o experiente sul-africano Chad le Clos, quinto mais rápido das semifinais, com 1min55s88. Ele é dono de dois títulos mundiais e um olímpico na prova.
“Lógico que foi um pouco aquém do meu resultado, já fiz 1min54s. Mas nadar 200m borboleta pela manhã e à tarde [no horário local] é cansativo. Sabemos que o Milak está num nível superior. Da prata para trás, é todo mudo brigando de igual para igual. O Chad Le Clos não é mais nenhum garoto, mas é final e a experiência conta. O mais difícil já fizemos que é ir para a final. Vamos para cima, sem medo”, comentou Leonardo de Deus.
Luiz Altamir Melo registrou apenas o 13º melhor tempo das semifinais, com 1min57s43. Assim, não avançou para a disputa de medalha.
Salto de plataforma alta
A brasileira Jacqueline Valente ficou em nono lugar na final do salto de 20 metros, também conhecido como High Diving. Ela obteve 223,60 pontos, distante dos 298,05 da campeã Rhiannan Iffland, da Austrália, que superou a favorita, Adriana Jiménez. A mexicana levou a prata, com 297,90. A britânica Jessica Macaulay ficou com o bronze, com 295,40.
Fonte: A tarde