A cirurgia de robótica para endometriose já pode ser realizada na Bahia. A tecnologia reúne mais vantagens do que a cirurgia tradicional. A visão é tridimensional e mais nítida, dando ao médico mais precisão durante o procedimento. O risco de complicações é menor, a paciente tem menos dor no pós-operatório e a recuperação é mais rápida.
O cirurgião conduz o “robô”, que faz as pinças entrarem no abdome da paciente por meio de pequenas incisões, com procedimento minimamente invasivo. A cirurgia robótica é uma evolução da videolaparoscopia.
Apesar das vantagens, ainda não foi feito nenhum procedimento em Salvador para tratamento desta doença. O “robô” chegou ao Estado este ano e ainda é desconhecido de parte da população. Outro problema é que ainda não está disponível para ser coberta pelo cirurgia pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Segundo cirurgião Ramon Mendes, membro do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR), as razões citadas justificam a não-utilização da tecnologia para tratamento da endrometriose no estado até o momento.
A endometriose que acomete entre 10 e 15% das mulheres em idade fértil (15 a 49 anos). É uma doença crônica inflamatória, se manifesta quando fragmentos de tecido endometrial não são expelidos pela menstruação e acabam migrando para outras regiões do corpo pela corrente sanguínea. Pode atingie a bexiga, trompas, ovários, intestino, apêndice, pulmão e até mesmo o cérebro.