Sindicato dos Bancários de Conquista denuncia práticas do Itaú na região

A semana em Vitória da Conquista iniciou com uma manifestação na porta do Itaú, na rua Francisco Santos. A ação, organizada pelo Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região, dialogou com a população sobre as práticas do banco, que apesar dos lucros cada dia mais alto alcançados com a maior exploração de seus funcionários, não oferece um serviço de qualidade para seus clientes. Em Conquista, no mês passado o banco fechou uma agência e, só neste ano, demitiu dois funcionários na região da base do Sindicato.

Os resultados positivos, em relação à lucratividade, da agência do Itaú no bairro Brasil não impediram que a mesma encerrasse as atividades. O objetivo do banco não é prestar um bom serviço à comunidade, mas sim reduzir os custos da empresa a todo custo, aumentar a exploração dos funcionários, para assim crescer ainda mais a riqueza de seus donos.

Só no primeiro trimestre de 2019, o Itaú lucrou R$ 6,877 bilhões, superando em 7,1% o lucro do mesmo período do ano passado. Em 2018, os lucros chegaram a R$ 25 bilhões. Ainda assim, a gestão da empresa anunciou o fechamento de 400 agências, priorizando as plataformas digitais, como internet banking e agências virtuais.

Somado a isso, as tarifas ficam cada vez mais caras e quem paga por isso é o cliente. O banco arrecadou, em 2018, R$ 38,4 bilhões só com a cobrança de taxas da população. Com isso, o Itaú conseguiu cobrir 160% do total das suas despesas de pessoal, sobrando ainda R$ 14,5 bilhões.

“Diante das práticas do Itaú essa manifestação se faz mais que necessária. Temos presenciado um banco que não investe em nada na cidade, pelo contrário, segue demitindo e com isso acumulando trabalho para os que ficam e fechando agência, o que expõe os clientes à uma longa espera. Enquanto os banqueiros enchem o bolso, clientes ficam em filas do lado de fora da agência no sol esperando atendimento e a categoria bancária cada vez mais adoecida devido as altas cobranças de metas”, destaca Carlos Alberto, diretor do SEEB/VCR.

Fonte: ASCOM

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