Estudantes bloquearam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (12), em protesto contra a reforma da Previdência. O ato, convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e centrais sindicais, chegou a interditar todas as faixas da via S1, na altura da Rodoviária do Plano Piloto. No entanto, por volta das 14h, o trânsito foi liberado.
Os participantes da mobilização se concentraram no Museu Nacional Honestino Guimarães às 10h e iniciaram uma passeata em direção ao Congresso Nacional. Cerca de 1h30 após o início da caminhada, os manifestantes atearam fogo em um carrinho de supermercado com pneus.
As chamas consumiram o carrinho e uma coluna de fumaça preta se formou em frente ao Congresso. O Corpo de Bombeiros foi acionado para combater o foco de incêndio. Ninguém ficou ferido.
Por causa do bloqueio da S1, motoristas enfrentaram lentidão nas principais vias da área central da capital.
Desde quarta-feira (10), a UNE realiza em Brasília o 57º congresso da entidade. O evento segue até domingo (14). Durante esses dias, além da manifestação e de palestras, estão previstos shows.
Reforma da Previdência
Os deputados iniciam nesta sexta-feira (12) o quarto dia de análise da reforma da Previdência em plenário. A “maratona” dos deputados começou na última terça (9).
Na noite de quarta (10), a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno, por 379 votos a 131, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera as regras de aposentadoria.
Para concluir a votação, os parlamentares ainda precisam analisar emendas e destaques apresentados pelos partidos para tentar alterar pontos específicos do texto.
Considerada uma das principais apostas da equipe econômica para sanear as contas públicas, a proposta de reforma da Previdência estabelece, entre outros pontos:
- Imposição de idade mínima para os trabalhadores se aposentarem: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres;
- Tempo mínimo de contribuição previdenciária passará a ser de 15 anos para as mulheres e 20 anos para os homens;
- Regras de transição para quem já está no mercado de trabalho.
Fonte: G1