No começo de abril, uma notícia veiculada em rede nacional pelos principais órgãos de imprensa contava a história do salvamento do bebê Luís Henrique, de 21 dias, que foi salvo da morte pelos policiais militares cabos Renato Taroco e Robson Thiago de Souza, do 9º Batalhão de Marília, São Paulo. O bebê Luís Henrique tinha parado de respirar os pais, Osvaldo e Kelly Zavanelli, desesperados e como medo de não dar tempo de chegarem até o hospital, resolveram pedir ajuda no quartel.
Os PMs perceberam que o pequeno Luís Henrique estava engasgado e fizeram uso de seus conhecimentos para ações de emergência e salvaram o bebê realizando a manobra de Heimlich (método de desobstrução de vias aéreas). A ação dos PMs levou pouco mais de quatro minutos.
O episódio envolvendo a família de Marília ocorreu no dia 15 de abril deste ano. Menos de um mês depois, em Vitória da Conquista, os pais da menina Luna, de apenas 29 dias, moradores do bairro Nova Cidade, pediram socorro na Base Comunitária de Segurança (BCS), porque a filha apresentou sinais de convulsão logo depois de mamar. Os soldados Jessé Souza Santos Neto e Gilberson Santos Costa, que estavam de plantão, viram que a bebê estava roxa e com dificuldade de respirar. Como os policiais paulistas, eles fizeram a manobra de Heimlich, fazendo com que Luna voltasse a respirar normalmente. Depois do procedimento, os PMs chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a menininha foi levada ao hospital, onde chegou bem.
No dia 2 de junho, um domingo, mais um caso parecido foi registrado em Conquista. Daquela vez, o menino Enzo, de 21 dias, foi socorrido por policiais da Companhia de Policiamento Especializado (Cipe/Sudoeste), mais conhecida como Caesg. O bebê havia engasgado com o leite materno e os pais, Lucas Silva Oliveira e Marivânia Oliveira Queiroz, o levaram direto ao quartel pedindo ajuda.
Quem fez a manobra de desobstrução das vias aéreas de Enzo foi o tenente Marcos Vinícius Figueiredo, pai de uma criança de cinco meses, que, mais tarde, falou que foi tomado por inteiro pelo instinto paterno, quando viu o bebê correndo risco. Depois de alguns minutos o bebê mostrou recuperação, os policiais chamaram o Samu, que constatou o quadro clínico favorável. O menino foi levado para o hospital, passou a noite em observação e no dia seguinte foi para casa.
O caso mais recente foi no sábado (15) e envolveu o Corpo de Bombeiros. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), eram 17h30 quando o Centro Integrado de Comunicações (Cicom) de Vitória da Conquista recebeu a ligação de uma mãe, moradora do bairro Conveima I, pedindo ajuda para salvar a sua bebê récem-nascida que estava engasgada com leite e aparentemente já desfalecida.
De imediato, de acordo com a SSP, a demanda foi repassada para a mesa do Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Quem atendeu a ocorrência foi o soldado BM Ícaro Bahia atendeu que, por telefone, iniciou as instruções de primeiros socorros para o sobrinho da mãe da criança que estava no local.
“Enquanto eu passava as técnicas de manobras para reanimar a bebê, ele falava em voz alta e ela ia fazendo tudo o que eu instruía. Quando eles ligaram, falaram que a criança já estava ficando roxa, então, orientei a apoiá-la de bruços no antebraço do adulto com a cabeça um pouco abaixo do corpo e dar pequenos tapinhas nas costas. Esse procedimento durou cerca de cinco minutos, mas graças a Deus e para a nossa alegria ela começou a se movimentar e liberar as vias respiratórias “, lembrou Bahia.
O comandante do 7° Grupamento do CBM, major Valdir Ferreira de Oliveira, destaca a importância de acionar o 190 ou 193 para a realização de atendimentos prévios. “Em casos como esse, em que uma vida está em risco, é necessário tentar manter a calma e entrar em contato conosco. Porque por telefone mesmo conseguimos passar dicas e técnicas que podem ser feitas por pessoas que estão próximas da vítima até a chegada de uma equipe no local”, aconselhou o oficial.
Informações:Blog do Giorlando Lima