O escritor Ignácio de Loyola Brandão é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Por unanimidade, ele foi eleito nesta quinta-feira (14), para a cadeira 11, que antes era ocupada pelo jurista Helio Jaguaribe. Havia outros 11 candidatos.
Brandão fez carreira no jornalismo e sua estreia literária foi em 1965, com o livro de contos “Depois do Sol”. Seus trabalhos de destaque foram os romances “Zero” (1975), censurado na ditadura militar e publicado primeiro na Itália, onde vendeu cerca de 900 mil exemplares, e “Não Verás País Nenhum” (1981), seu best-seller, com 1 milhão de cópias comercializadas.
Após uma década sem publicar ficção, o escritor lançou no ano passado o romance “Desta Terra Nada Vai Sobrar a Não Ser o Vento Que Sopra Sobre Ela”. O livro é ambientado em um futuro incerto e retrata, por meio de viagens de Felipe e Clara, os protagonistas, um Brasil caótico, com 1.080 partidos políticos.
A candidatura de Loyola Brandão ganhou força quando a ABL reconheceu a trajetória literária do escritor com o Prêmio Machado de Assis, em 2016. Na época, as pessoas especularam se estava na hora dele se candidatar a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas só decidiu participar este ano.