Polêmica: Câmara pisa na bola e prefeito paga o pato. Aparece documento que comprova pedido de adesão à Policlínica.

O governo Herzem Gusmão anda sempre metido em polêmicas e tem enorme dificuldade de se livrar dos desgastes que o arroubo de alguns de seus membros provoca. E os desgastes acontecem com mais frequência justamente nas áreas mais populares, mais sensíveis para a popularidade do governo: transporte, educação, assistência social, saúde. E o pior é que quem tenta defender – ou contra atacar, na base de “bateu, levou” – é o próprio prefeito, assumindo todos os ônus, esgarçando sua imagem cada vez que se manifesta. Certamente, isso explica o alto índice de reprovação da administração, a péssima avaliação que a população faz da atuação de Herzem, coisa que o governo não consegue reverter com asfalto, cidade limpa e iluminada.

Só esta semana o governo e o prefeito estão com três ou quatro polêmicas à frente. Da grama do estádio Lomando Júnior, passando pela crise com aos vanzeiros, o protesto de comerciantes por causa da mudança no tráfego de uma rua, sem conversa prévia, até chegar na Policlínica Regional, equipamento da maior importância para a população, que o governo do Estado está construindo em Vitória da Conquista. Neste caso, o problema foi criado pela Câmara de Vereadores, que informou a jornalistas da cidade que a prefeitura não havia enviado o projeto de lei em que pede autorização para firmar o convênio com o governo e com o Consórcio que gerirá a policlínica, garantindo para os conquistenses o acesso a exames de atendimento e alta complexidade.

A verdade, no entanto, é que prefeito mandou o projeto, no dia 4 de outubro, mais de um mês antes da polêmica, surgida depois que o prefeito de Belo Campo e presidente do Consórcio Público Interfederativo de Saúde de Vitória da Conquista, José Henrique Silva Tigre, conhecido por Quinho, disse ao Blog do Anderson que Conquista estaria fora da Policlínica, baseado na informação de que o prefeito não tinha mandado o projeto para a Câmara. Mas, mandou.

A questão é que o governo Herzem Gusmão está naquela fase em que tudo cola nele. Foram tantas derrapadas, tantas coisas ditas erradas, tantas promessas, tanto faz e desfaz, tanto desgaste contornável que virou polêmica, que as críticas e resposabilizações que surgem viram terremotos no governo e fornecem ainda mais dermento para crescer o bolo da impopularidade. Aí, não adianta colocar a culpa na Comunicação. O problema é de governança. No episódio da policlínica ficam, pelo menos, das coisas patentes: o governo não tem liderança na Câmara de Vereadores – ou não tem diálogo; o governo gasta demais conm consultorias, mas não consegue se integrar e falar a mesma linguagem. Na verdade, para o público externo, é um governo silencioso. Só quem fala é o prefeito Herzem Gusmão, mas, infelizmente, algumas vezes fala como radialista e paga um alo preço por isso.

Fonte:Blog do Giorlando Lima

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