Uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) está nas ruas na manhã desta quarta-feira (21) para desarticular uma quadrilha que falsificava documentos de carretas para que circulassem com excesso de peso.
Dos 15 mandados de prisão, cinco estão sendo cumpridos no Espírito Santo, incluindo o chefe do esquema, que mora em Viana.
Segundo a investigação, os veículos tinham capacidade de carga aumentada de forma clandestina e sem passar por critérios e exigências dos órgãos de fiscalização levando risco para a estrada. Essas alterações afetavam partes importantes dos veículos como freios e pneus. Mais de 570 carretas foram alteradas por essa quadrilha.
As investigações também apontaram que a quadrilha usava eixos de carretas envolvidas em acidentes, já desgastadas, para fazer a adulteração. Em um dos casos, a quadrilha chegou a usar o documento de um reboque de carro de passeio para fazer a adulteração para que servisse em uma carreta.
Uma oficina em Viana era usada para adulterar as carretas. O dono também negociava documentos patra legalizar veículos adulterados.
Ainda segundo as investigações, os criminosos contavam com a ajuda de funcionários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em Minas Gerais e na Bahia, que tinham uma tabela de preço para cada serviço. Ainda não foi confirmada a participação de funcionários do órgão no Espírito Santo.
De acordo com a PRF, 1.264 acidentes com esses veículos adulterados foram registrados no Espírito Santo em 2017. Ao todo, 123 pessoas morreram. Entre eles, está o maior da história do Espírito Santo, que matou 23 pessoas na BR-101, em Guarapari.
Em 2018, esses veículos causaram 881 acidentes, com 78 mortes.
Operação
A operação foi batizada de “Raptores” e conta com o trabalho de 100 policiais rodoviários federais no Espírito Santo e 50 nos outros estados.
Fonte: G1