Segundo o MP-BA, os clubes se comprometeram a realizar campanhas contra a discriminação de gênero no futebol. As primeiras ações devem acontecer no próximo Ba-Vi, que acontece no dia 11 de novembro, às 16h (horário local), no Barradão, pela 34ª rodada do Brasileirão.
A finalidade da campanha será a de “fortalecer a defesa dos direitos das mulheres, que vêm enfrentando o preconceito e a discriminação fabricada a partir de uma matriz sexista e machista”.
A procuradora-geral de Justiça, Ediene Lousado, destacou a importância dos clubes agirem contra a discriminação. “Sabemos todos da importância dos clubes para os torcedores e torcedoras e do grande número de pessoas que as suas ações alcançam. Às vezes, verificamos uma disseminação da discriminação contra a mulher no futebol e cabe também aos clubes agirem contra isso”, salientou.
Já a promotora de Justiça Lívia Vaz, coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher e da População LGBT (Gedem), lamentou que o futebol ainda continue sendo um espaço de disseminação do preconceito e de vários tipos de violência. “Embora algumas ações pareçam uma forma de violência pequena, são essas violências que naturalizam outras formas de violência”, alertou.
A promotora de Justiça Márcia Teixeira, que também é Coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH), destacou a importância dos clubes assumirem o compromisso. Segundo ela, a aliança ajuda na luta para “diminuir o registro do número de violênica no estado”.
O vice-presidente do Bahia, Vitor Costa, que representou o Esquadrão de Aço, salientou a importância do clube de futebol. De acordo com o dirigente, a instituição tem acesso fácil à massa e com isso pode ajudar na conscientização. Além disso, ele informou que 35% do público das partidas é formado por mulheres.
Pelo lado Rubro-Negro, o diretor de Mercado e Comunicação, Anderson Nunes, afirmou que o Vitória estará à disposição para iniciativas nesse sentido.
Conforme o Termo, apesar do público feminino nas torcidas ser um número significativo, atitudes preconceituosas e discriminatórias ainda persistem no meio futebolístico. Vale lembrar que torcedores utilizam cunhos machistas e desrespeitosos para provocar torcidas e jogadores de futebol.