Com o objetivo de alertar para a importância do teste do pezinho, realizado logo após o nascimento de um bebê, é celebrado neste mês o Junho Lilás. De acordo com o Ministério da Saúde, o ideal é que o exame seja realizado entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê. “Com até dois dias, essa crianças não foi amamentada corretamente ainda, então a gente não tem como dosar algumas substâncias no sangue. Pode dar um diagnóstico que não seja preciso, por isso a gente recomenda a partir do terceiro dia”, explicou Helena Pimentel, gerente do serviço de referência em triagem neonatal da Apae-Salvador. Ela ressaltou ainda a importância de ser feito “o mais cedo possível” para que o tratamento de uma possível doença seja iniciado brevemente. Em 2017, a Bahia alcançou cerca de 88% de cobertura do exame. Neste ano, apesar do atraso relacionado à recente greve dos caminhoneiros, o estado mantém um índice bastante similar. O teste do pezinho oferecido pelo Ministério da Saúde identifica fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doenças falciformes e outras hemoglobinopatias, aminoacidopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. De acordo com Helena, a preconização dessas enfermidades está relacionada à disponibilidade de tratamento. “Triagem é fazer o exame, ter a confirmação e ter o acompanhamento e tratamento. Nessas doenças, todas essas etapas seriam bem sucedidas. Existem doenças que você pode dar o diangóstico, mas não há nada a fazer. Nesse caso, não adianta fazer esse diagnóstico caro”, argumentou. Ainda assim, existem propostas de ampliação do rol de diagnósticos. O teste do pezinho pode ser realizado em postos de saúde de toda a Bahia e, na capital, na sede da Apae. “Teste do pezinho, vacina e amamentação são assuntos que a gente precisa sempre lembrar pela importância de engajamento de toda a população, principalmente dos profissionais de saúde”, lembrou Helena.
Junho Lilás: Campanha lembra importância do teste do pezinho para diagnóstico de doenças.
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