Esta quarta-feira (31) promete uma sequência memorável de fenômenos astronômicos: uma superlua, que também é Lua Azul e Lua de Sangue, deve iluminar o céu logo após um eclipse lunar total.
Do Brasil, será possível observar a superlua, quando o satélite se encontra no perigeu, o ponto de sua trajetória mais próximo da Terra, e pode parecer até 30% maior e 14% mais brilhante. Essa é a segunda superlua do ano – a primeira ocorreu na madrugada de 1º de janeiro.
Por ser a segunda Lua cheia do mês, o astro também recebe um nome especial: Lua Azul, apesar de não ostentar nenhuma característica física diferente. Esse fenômeno é relativamente raro – astrônomos acreditam que, depois dessa, a próxima Lua Azul só vai aparecer em 2020.
O eclipse lunar e uma Lua de Sangue poderão ser vistos somente no Hemisfério Norte. No caso da Lua de Sangue, o astro realmente adquire um tom avermelhado que é perceptível a olho nu.
“A Lua de Sangue é um efeito gerado pela luz do Sol em nossa atmosfera”, explica o astrônomo Daniel Mello, do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Esse tipo de evento só acontece após um eclipse lunar, quando a Terra fica posicionada entre o Sol e a Lua – os feixes de luz acabam atravessando a nossa atmosfera antes de incidir na Lua e, devido à presença dos gases, deixam o satélite com um aspecto avermelhado.
Como ver a superlua
Esta será a última superlua do ano. Mello afirma que o astro poderá ser observado a olho nu – como ele vai estar bem grande, é possível que enxerguemos mais detalhes do que o habitual, inclusive algumas crateras – ou, ainda, com binóculos ou telescópios. O evento será visível desde o anoitecer até o amanhecer.
Assim como todas as observações de espetáculos celestes, o melhor é sempre procurar um local com poucas luzes para não atrapalhar a visualização. Um horizonte livre de obstáculos, como prédios e construções, também é recomendável.
Fonte: VEJA