Demilson Costa: Eleição de Bellintani não representa a vontade do tricolor.

 O Bahia elegeu seu presidente, Guilherme Bellintani, com 81,48% dos votos. A princípio nos vem à cabeça: Nossa, uma votação muito expressiva! Mas não. Isso representa 3.626 votos, ou seja, apenas 0,13 % da torcida do Bahia. Não podemos afirmar que essa é a vontade da nação tricolor.

Apenas cerca de cinco mil sócios têm direito ao voto. Será que o torcedor não teria o direito de decidir a vida do seu clube? É assim que são construídas as direções, onde uma minoria decide pela maioria.

Mas isso não é só no Bahia,veja o Santos Futebol Clube. Cerca de cinco mil sócios elegeram seu novo presidente, com 1.826 votos. Será que o único direto da torcida é ir aos estádios, pagar seu ingresso e se limitar a torcer?

Bellintani teve como concorrentes na eleição para presidente os candidatos Fernando Jorge, Abílio Freire e Binha de São Caetano. A eleição de Guilherme, traz nova direção ao Bahia. Homem rico, administrador, faz parte da gestão municipal de Salvador.  Sabemos da sua competência, mas será que saberá conduzir o destino do Bahia? Só acompanhar seu mandato.

A eleição ocorreu durante todo o dia na Arena Fonte Nova, em Salvador. Logo na abertura do pleito, houve uma polêmica. Enquanto a maioria dos sócios vota com urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral, duas urnas foram destinadas para votos em cédula de papel.

Estas urnas receberam os votos de sócios que regularizaram sua situação cadastral e financeira com o clube depois do prazo estipulado para o envio ao TRE dos nomes dos sócios habilitados para votar.

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