De segunda a sexta, ele é faturista. No sábado, ele vira palhaço. No trabalho, todos lhe conhecem como Roberto. Na trupe, se apresenta como Chapinha. Ele é o mais velho do grupo Cheios de Graça, criado no início deste ano por um grupo de amigos com o intuito de levar alegria a pessoas que estão internadas e aos seus acompanhantes.
“No fim das contas, a gente ganha mais do que dar, isso aqui faz a gente perceber que é possível ajudar a quem está num momento de estresse, de sofrimento e a gente faz isso não só pelas crianças, mas pelos acompanhantes, por quem está a trabalho, por todos os envolvidos. Isso faz com que a gente se melhore como seres humanos”, conta Roberto Quadros (o palhaço Chapinha) sobre o trabalho voluntário.
Junto a Chapinha, outras 17 pessoas integram o grupo, entre elas, quatro crianças. Especializados em “besteirologia”, eles fazem mágica, brincadeiras, cantam, dançam, contam piadas e soltam bolhas de sabão por onde passam.
No último sábado, 19, eles estrearam no Hospital Municipal Esaú Matos, onde vão retornar sempre aos sábados, com a mesma missão: levar e espalhar diversão e alegria. “Procuramos este grupo porque acreditamos muito nessa terapia alternativa; apesar de não serem da área da saúde, eles têm cursos e capacitações. Poder levar um sorriso e uma brincadeira para uma criança minimiza a dor e o sofrimento, anima os nossos servidores e os familiares”, justificou o diretor-geral da Fundação Pública de Saúde do Hospital Esaú Matos, Felipe Bittencourt.
“É algo muito interessante, as crianças ficam felizes”, disse a educadora Ana Paula Couto, que acompanhava uma das crianças da enfermaria durante a visita do grupo.
“Não tem como não rir! A gente até esquece que está no hospital”, declarou Silvia Dias, mãe de uma das crianças atendidas na unidade hospitalar.
