Não é bom para o prefeito, também não é para os servidores e muito menos para a população que pode sofrer com a radicalização do impasse. Prevíamos desde a semana passada um acordo entre o Executivo municipal e os três sindicatos em greve.
É verdade que a prefeitura continua funcionando normalmente, mas a imagem é desgastante. O prefeito Herzem Gusmão começou a sua gestão contando com a maior expectativa da população que acreditou no seu projeto. Ele próprio, o prefeito, criou expectativas dentro de si, afinal, dirigir, gerenciar uma cidade como Vitória da Conquista é o sonho de qualquer político. E Herzem sonhou com isso, buscou de forma obstinada sentar na cadeira principal da Praça Joaquim Correia. Mas na prática é outra coisa, são desafios de toda ordem. São políticos, filosóficos e econômicos. E foi aqui que emperrou. “Chegamos no nosso limite, não temos mais como avançar. Existe uma lei e não podemos transgredir. Existe um teto que nos orienta, existe a Lei de Responsabilidade Fiscal”, diz a Administração.
Os professores, por exemplo, me confidenciaram: “precisamos pelo menos conversar. Abram as portas para o diálogo. Retornem as conversas que estavam indo tão bem”.
Não cremos que o prefeito queira punir os manifestantes. O gestor não agiria assim, não é inteligente. Puxe mais uma vez a discussão para o seu comando, prefeito. Una-se aos esforços do Legislativo que, em uníssono, quer o término do impasse. Não dispense a capacidade de interlocução dos seus secretários que estão intermediando e buscando dar fim ao movimento, mas grevista gosta de conversar com o prefeito, diretamente com ele, até porque é ele que “bate o martelo” não obstante, repito, a capacidade dos representantes do governo.
Não permita que esse enterro aconteça, mesmo simbólico. São quatro anos de mandato!
Partiu Agito Geral, na Clube FM.
Servidores partiram para o tudo ou nada.
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