As vassouras já foram por elas utilizadas como meio de transporte
pelo qual cruzavam os céus noturnos a iluminar os mistérios que jamais passaram de mera superstição literária.
Na cidade de Curitiba e do Rio de Janeiro, existem projetos para que hajam ônibus pintados de rosa para uso exclusivo de quem?
– Sim, das mulheres.
(uma vez mais parece que a roda poderosa da gratidão se pôs a girar)
Em João Pessoa na Paraíba, após 22 horas, “elas” não precisam preocupar-se com ruas escuras ou até lobisomens…
…ao pedir para descer da condução, sendo parada obrigatória ou não, o motorista tem permissão de deixá-las.
(se o leitor é machista explico que não adianta ficar ruminando sobre esta possibilidade, pois convencer a garota dos seus sonhos a dar uma escapulida até seu apartamento na sua companhia, isto tudo bem né? Que feio!).
Elas trafegam por ai, sem se esconder de ninguém, conduzindo caminhões, transportes coletivos e outras máquinas transportadoras…
…e não é raro vê-las também nas empresas fiscalizadoras do trânsito.
Fiscalizam e orientam.
(com apito e indumentário)
Uniformes que por mais que se esforcem, não conseguem tirar o encanto do “corpo feminino”.
(isso foi poesia, mas ainda assim também é ciência)
Mas todas as coisas, mesmo as mais estranhas têm as suas razões…
… Foram carregadas pelos cabelos nos primórdios da nossa história.
… Inventadas como bruxas pela inquisição.
… Mostradas em todas as suas perspectivas pelos pintores antigos e muitas outras “coisitas” a mais.
… Sofrem dificuldades de inclusão nos esportes, no mercado de trabalho, no empreendedorismo, etc.
… Os filhos querem sua dedicação exclusiva, seu companheiro quer uma mulher atenciosa e atraente, o chefe espera uma profissional competente etc…
… ainda há o racismo e o fato atrevido e cínico como é tratada por simplesmente ser do sexo feminino,
…e outras asneiras descendentes de velhas águias depenadas.
Já exerceram o papel de reprodutoras, de mãe santíssima, de mulheres de vida fácil, de serviçais, de artistas, de musas, de chefes, de protetoras excessivas dos filhos…
…e então, carregadas de fatiga e desilusão ficaram cansadas e jogaram seus “sutiãs” ao vento,
tornando-se donas do nariz.
Entendem agora o motivo da inexistência da cortesia por parte dos homens?
Sim, “nós” passamos a acreditar que há igualdade total entre os sexos, e de estilo disfarçado, tímido, egoísta e sem cultura concedemos início aos exageros.
E com essa ideologia “oca” e praticada com rigor abandonamos a cortesia…
…aquela mesma e conhecida cortesia que não permitia de maneira alguma a possibilidade de enxergar nos corredores dos ônibus, as nossas “meninas” não desfrutando dos assentos.
(e outras delicadezas a mais que foram residir na nostalgia dos bons tempos antigos)
Mas vivemos em outros tempos – tempos modernos -, no qual o físico Isaac Newton no século XVII, já por intuição a denominou de “lei da ação e reação”…
…e assim, continuamos a lidar com estes mal-estares decorrentes destes insucessos do pensamento masculino.
(um quadro patético iluminado por luz lusco-fusco)
Mas peço desculpas, pois não sei o motivo pelo qual esta lei ainda fica invisível nos meus procedimentos.
Quando estou sentado no transporte coletivo – para citar este desmilinguido exemplo -, e vejo um ser, do sexo feminino de pé ao corredor, minha alma sussurra imediatamente ameaças e culpas e então sinto o privilégio de dizer:
– Por favor, pode sentar aqui.
E prontamente ofereço o lugar ao assento do coletivo, entregando-me na filosofia do “ficar olhando pela janela” a balbúrdia do dia a dia.
Gurias, “é vero”- que em italiano significa: “é verdade”-, ainda existem “gentleman”.
(“gentleman” significa cavalheiro, homem de conduta elogiável, dotado de grande educação e habilidade no convívio com as mulheres)
OBS: Ah, quase esqueço!
Costumo pegar todos os dias religiosamente às 07h 20min da manhã a Linha R10 da empresa VIVA SUL – aqui em Porto Alegre/RS.
Afetuoso abraço a todas… Se gostar compartilhe com as amigas e os sem educação (risos).
*ACésarVeiga é consultor na área de educação para o trânsito em Porto Alegre-RS.
Fonte: Blog Transitar
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